Reforma Tributária e Simples Nacional: decisões cruciais para prestadores de serviços
Em meio às mudanças propostas pela Reforma Tributária, prestadores de serviços optantes do Simples Nacional enfrentam uma decisão que pode alterar profundamente seu fluxo de caixa e a gestão fiscal.
A partir de 2026, boa parte das empresas terá de escolher entre manter o modelo atual ou migrar para um regime híbrido, capaz de gerar crédito tributário em cada etapa da cadeia. Essa escolha envolve desafios operacionais como organização contábil e controle de fornecedores, além de riscos e vantagens que impactam diretamente no seu faturamento.
Neste artigo, vamos detalhar as implicações financeiras e operacionais dessa mudança e ajudar você a entender o que está em jogo para manter a competitividade do seu negócio.
Atenção, prestadores de serviços: mudanças que podem afetar seu caixa
Em 2026, prestadores de serviços optantes do Simples Nacional terão de decidir entre manter o sistema atual ou migrar para o modelo híbrido com crédito tributário. Essa escolha não é apenas burocrática: impacta diretamente seu fluxo de caixa.
No regime híbrido, parte dos impostos pagos em etapas anteriores poderá ser abatida, mas exige maior detalhamento das notas fiscais e rigoroso controle da cadeia de fornecedores. Sem esse cuidado, seu cliente corporativo perde o direito ao crédito e pode buscar outro parceiro mais preparado.
Além disso, o novo sistema eletrônico de arrecadação federal não permite atrasos: impostos pagos antecipadamente podem reduzir a liquidez diária e exigir planejamento de caixa para evitar apertos financeiros.
Fique atento aos prazos e às exigências operacionais. Quanto antes você avaliar as mudanças, maior a chance de proteger seu negócio e manter a competitividade no mercado B2B.
Novo modelo híbrido x sistema atual: vantagens e riscos
No modelo atual do Simples Nacional, todos os tributos federais, estaduais e municipais são recolhidos de forma unificada por meio do Documento de Arrecadação do Simples (DAS). Esse sistema simplificado garante facilidade de cumprimento, mas não permite o aproveitamento de créditos tributários ao longo da cadeia de produção.
Já no regime híbrido, o IBS, a CBS e outros tributos são apurados separadamente, gerando créditos fiscais que podem ser abatidos nas compras de insumos. Isso reduz o custo de aquisição de bens e serviços, mas demanda maior detalhamento das notas fiscais e controle rigoroso sobre o recolhimento de impostos pelos fornecedores.
- Vantagens do modelo híbrido: permite abatimento de impostos pagos em etapas anteriores, reduz custo de insumos e amplia competitividade em vendas B2B.
- Riscos do modelo híbrido: exige organização contábil mais sofisticada, conferência constante do cumprimento tributário dos fornecedores e parcerias tecnológicas para emissão detalhada de notas.
- Vantagens do modelo atual: processos mais simples, unificação das guias de recolhimento e previsibilidade de custos tributários, facilitando o planejamento financeiro.
- Riscos do modelo atual: impossibilidade de apropriação de créditos fiscais, o que pode elevar o custo de produção e reduzir o interesse de clientes corporativos que buscam economia tributária.
Ao comparar as duas opções, avalie se sua empresa dispõe da infraestrutura contábil e tecnológica necessárias para aproveitar os benefícios do crédito tributário antes de optar pelo regime híbrido.
Desafios operacionais e prazos de implementação
Adotar o modelo híbrido do Simples Nacional impõe novos requisitos à área contábil, que deve registrar e validar cada crédito tributário de forma detalhada.
- Detalhamento de notas fiscais: será necessário discriminar valores de IBS, CBS e demais tributos em cada documento de venda.
- Controle da cadeia de fornecedores: o crédito só é gerado se o fornecedor tiver recolhido corretamente seus impostos nas etapas anteriores.
- Fluxo de caixa: a antecipação do pagamento tributário pode reduzir a liquidez diária e exige planejamento rigoroso para manter o capital de giro.
Para se adaptar, as empresas devem ajustar processos internos, capacitar equipes e, possivelmente, implementar sistemas de gestão fiscal capazes de suportar o registro de créditos.
Confira os principais marcos da implementação da reforma:
- 2026: fase de testes do sistema eletrônico de arrecadação, com alíquota simbólica de 1% para validação do split payment.
- 2027: início da operação obrigatória do split payment para CBS em transações business to business.
- 2029 a 2032: transição gradual de ICMS e ISS para o IBS, com redução progressiva das alíquotas estaduais e municipais.
Como a BGI Contabilidade pode apoiar sua decisão
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Para orientar prestadores de serviços na escolha do regime mais adequado, a BGI Contabilidade oferece soluções que auxiliam na reorganização de processos internos e no dimensionamento da estrutura contábil necessária para o modelo híbrido. Nossos serviços contemplam:
- Mapeamento e revisão de rotinas fiscais para detalhamento de notas
- Implementação de controles de verificação de créditos tributários junto à cadeia de fornecedores
- Suporte no planejamento de fluxo de caixa para antecipação de tributos
- Assessoria na análise comparativa entre modelos, considerando cenários de custo e competitividade
Com equipe dedicada e tecnologia avançada, a BGI garante transparência em cada etapa, reduzindo riscos e permitindo decisões informadas que fortalecem sua competitividade no mercado B2B.
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Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site G1. Para ter acesso à matéria original, acesse Reforma tributária: parte das empresas do Simples terá que optar por modelo novo ou antigo; entenda vantagens e desvantagens