Reforma tributária Simples Nacional: manter ou mudar de regime?

Com a reforma tributária, ser ou não ser do Simples Nacional? Entenda as opções

Você, prestador de serviços, enfrenta um grande dilema com a reforma tributária: permanecer no Simples Nacional ou buscar outra alternativa? A não cumulatividade plena e a separação dos novos IBS e CBS prometem mexer na competitividade, especialmente para quem atua no modelo B2B.

Antes de decidir, avalie:

  • Risco de aumento indireto de impostos quando o fornecedor é de Lucro Real ou Presumido;
  • Perfil de clientes e possibilidade de repassar créditos;
  • Impacto da folha salarial (anexo 4) e demais custos dedutíveis.

O momento de agir é agora: entender esses pontos será crucial para manter sua margem de lucro e evitar surpresas no futuro.

Um dilema que pode pesar no seu bolso

A reforma tributária trouxe incertezas para quem opera no Simples Nacional: a não cumulatividade plena e a introdução do IBS e da CBS podem transformar créditos em custos obrigatórios.

  • Tributos destacados na nota fiscal do fornecedor que deixam de ser abatidos e passam a onerar o seu caixa;
  • Complexidade maior na apuração de créditos e necessidade de controles rigorosos para evitar surpresas;
  • Risco real de repasse de encargos ao cliente ou de absorção integral do aumento de carga tributária pela empresa.

Sem um diagnóstico imediato, você pode ter sua margem de lucro comprometida e enfrentar dificuldades de precificação. O momento de revisar seu regime tributário e mapear cenários é agora — adiar essa análise pode resultar em custos inesperados e em perda de competitividade.

Mudanças no Simples Nacional: não cumulatividade e novos créditos

A reforma tributária introduz a não cumulatividade plena no Simples Nacional ao segmentar o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), recolhidos fora da guia única (DAS) e com lógica de créditos tributários alinhada aos regimes tradicionais. Na prática, isso altera a dinâmica de entrada e saída de impostos para micro e pequenas empresas.

  • Não cumulatividade plena: créditos gerados em etapas anteriores não são automaticamente aproveitados na guia do Simples, exigindo controles separados de IBS e CBS.
  • IBS e CBS destacados: cada tributo passa a ter alíquotas fixas, recolhidas à parte, aumentando a complexidade no preenchimento e no cálculo.
  • Créditos tributários restritos: apenas operações com fornecedores de regimes completos (Lucro Real, Presumido ou híbrido) permitem apropriação de crédito, enquanto transações entre optantes do Simples permanecem sem benefício creditício.

Empresas B2B no Simples Nacional serão as mais impactadas, pois:

  • Adquirem insumos de grandes fornecedores que cobram IBS/CBS destacado, transformando créditos potenciais em custos;
  • Enfrentam maior volume de notas fiscais para validar créditos e lançar separadamente IBS e CBS;
  • Necessitam de sistemas de apuração mais robustos para não comprometer a margem de lucro e evitar passivos fiscais.

Quando o Lucro Real supera o Simples

Uma simulação da Revizia envolvendo 164 empresas do comércio e serviços optantes pelo Simples Nacional mostrou que, em 13 casos (aproximadamente 8%), o regime do Lucro Real ofereceu a menor carga tributária final.

  • Fornecedores que geram créditos fiscais significativos, ampliando o aproveitamento de insumos;
  • Folha de pagamentos elevada, com encargos que permitem maior apropriação de créditos;
  • Despesas dedutíveis expressivas, potencializando os benefícios da não cumulatividade.

Para essas empresas, o Lucro Real deixa de ser um regime exclusivo para grandes faturamentos e passa a ser uma alternativa estratégica que reduz custos e aumenta a competitividade.

O regime híbrido: equilíbrio entre cargas e créditos

O regime híbrido, instituído pela reforma, traz a combinação entre a simplicidade do Simples Nacional e a não cumulatividade de créditos:

  • IBS (18%) e CBS (9,25%) recolhidos fora do DAS;
  • Aproveitamento de créditos de insumos adquiridos de regimes completos (Lucro Real, Presumido ou híbrido);
  • Manutenção de alíquota única simplificada para tributos federais, estaduais e municipais.

Em uma simulação da Revizia com 164 empresas do Simples:

  • 30 empresas se beneficiaram do regime híbrido;
  • Carga tributária média 21,6% menor que no Lucro Real;
  • Carga tributária média 17,6% menor que no Lucro Presumido.

Esse modelo favorece especialmente quem:

  • Tem forte perfil B2B e compra de fornecedores sujeitos a IBS/CBS;
  • Precisa repassar créditos a clientes em regimes completos;
  • Busca reduzir complexidade na apuração e minimizar riscos de passivos fiscais.

Assim, o regime híbrido pode ser a chave para equilibrar carga tributária e manter a competitividade, sem abrir mão da facilidade de gestão típica do Simples Nacional.

Elementos-chave na escolha do regime: fornecedores, clientes e folha salarial

Para tomar a decisão mais vantajosa entre Simples Nacional, Lucro Real, Presumido ou híbrido, é fundamental mapear três variáveis que impactam diretamente sua carga tributária:

  • Fornecedor: identifique o regime tributário dos seus principais fornecedores. Se forem optantes por Lucro Real ou Presumido, os créditos de IBS/CBS destacados nas notas geram direito de apropriação. Já compras de empresas do Simples não geram crédito, convertendo-se em custo direto.
  • Perfil de clientes: avalie a composição da sua carteira. Se a maioria dos compradores for de regimes plenos, você consegue repassar créditos e reduzir seu custo fiscal. Em cadeias B2B puras, o regime híbrido costuma ser mais atrativo; para vendas ao consumidor final, o Simples tradicional pode manter a competitividade.
  • Folha de salários (Anexo 4): empresas com folha elevada e altos encargos sociais recebem créditos no Lucro Real ou Presumido, diluindo a carga. No Simples, essa apropriação é limitada. Analise o peso da folha para entender se a migração compensa.

Somente uma análise integrada dessas variáveis permite escolher o regime que equilibra complexidade, benefício de créditos e preservação de margem de lucro.

Planejamento estratégico: caminhos para a decisão tributária

Para escolher o regime mais adequado, é fundamental adotar uma abordagem estruturada e antecipada. Isso garante segurança na tomada de decisão e evita impactos inesperados na operação.

  • Simulação de cenários: reproduza a carga tributária de cada regime (Simples, Lucro Real, Presumido e híbrido) com dados de faturamento, folha de pagamento e composição de insumos.
  • Estudo de viabilidade: analise custos operacionais, potenciais créditos fiscais e impacto no fluxo de caixa a curto, médio e longo prazo.
  • Avaliação de estrutura societária: considere a criação de empresas distintas para atender públicos diferentes (consumidor final x clientes B2B), minimizando custos tributários e simplificando obrigações acessórias.
  • Planejamento de implantação: defina prazos para ajustes em sistemas de apuração, treinamentos de equipe e revisões de contratos com fornecedores e clientes.

Inicie esse processo ainda hoje para contar com tempo hábil na adaptação de rotinas, validar premissas e garantir que sua empresa permaneça competitiva e financeiramente saudável diante da reforma tributária.

Sua empresa segura no novo cenário: apoio contábil especializado

Para navegar pelas novas regras de não cumulatividade e pela separação dos IBS e CBS, contar com apoio contábil especializado faz toda a diferença. A BGI Contabilidade reúne uma equipe de consultores tributários e contadores experientes que ajudam a mapear cenários e identificar o regime mais vantajoso para prestadores de serviços.

  • Análises personalizadas de carga tributária, considerando faturamento, folha e composição de fornecedores;
  • Implementação de processos de apuração e controle de créditos de IBS e CBS por meio de sistemas integrados;
  • Monitoramento contínuo de obrigações acessórias e compliance para minimizar riscos de autuações.

Com relatórios claros e revisões periódicas, esse suporte permite antecipar desafios, ajustar fluxos de trabalho e garantir conformidade, de modo que sua empresa mantenha competitividade e segurança diante das mudanças.

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Não perca nenhuma novidade: acompanhe nosso blog diariamente para ficar por dentro das últimas mudanças na reforma tributária e receber orientações práticas de contabilidade. Aqui você encontrará análises pontuais, guias de aplicação dos novos tributos e insights para manter sua empresa sempre um passo à frente.

Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site DComercio. Para ter acesso à matéria original, acesse Com a reforma tributária, ser ou não ser do Simples? Eis a questão

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